terça-feira, 16 de agosto de 2016

GREVE DA CURSAN ENTRA NO 20ª DIA.

Greve na Cursan
entrou no 20º dia

Trabalhadores farão assembleia nesta quarta-feira, às 7h30, na portaria do
setor de obras (som), Rua Papa João Paulo II, 71, bairro Sítio Cafezal. Na
foto de Ornilo Dias, a assembleia desta terça-feira 

Os 140 empregados da companhia cubatense de urbanização e saneamento
(Cursan) representados pelo sindicato dos trabalhadores na construção civil
(Sintracomos), entraram no vigésimo dia de greve, nesta terça-feira (16),
conforme decisão de assembleia às 7h30.
Eles farão assembleia nesta quarta-feira (17), às 7h30, na portaria do setor
de obras (som), Rua Papa João Paulo II, 71, bairro Sítio Cafezal, para
analisar eventual proposta da empresa para quitação de salários e benefícios
em atraso.
A categoria retomou a greve na quinta-feira (11), que havia sido suspensa em
4 de agosto, após 14 dias de paralisação. Eles esperavam que a empresa de
economia mista controlada pela prefeitura depositasse, na quarta-feira (10),
os salários e benefícios em atraso.
Em audiência de instrução e conciliação no Tribunal Regional do Trabalho
(TRT-SP), no dia 2, juíza Ivani Contini Bramante sugeriu, em São Paulo, que
os trabalhadores retornassem ao trabalho e aguardassem a quitação dos
atrasados no dia 10.
Em assembleia na manhã do dia 3, eles acataram a proposta conciliatória.
“Mais uma vez”, reclama o presidente do sindicato, Macaé Marcos Braz de
Oliveira, “a empresa demonstra não respeitar os empregados, a Justiça do
Trabalho e nem a si própria”.
Embora a Cursan não tenha prometido, na audiência, pagar os salários e
benefícios, o sindicalista pondera que “ela deveria ter se esforçado para
isso. O que não pode é o pessoal passar necessidade por causa de
irresponsabilidades administrativas”.
Segundo o diretor do Sintracomos Ramilson Manoel Elói, a companhia depositou
os salários “apenas de alguns”. Ele não sabe especificar quantos, mas
garante que a “esmagadora maioria ficou sem receber, enfrentando enormes
dificuldades”.
O sindicalista revela que estão atrasados quatro cartões bônus (gifts), dois
vales-refeições, um vale-transporte e duas cestas-básicas, além de salários
e gratificações de férias. Segundo ele, o jurídico do sindicato já comunicou
de novo o fato ao TRT.

Data-base
Para a renovação do acordo coletivo de trabalho, o TRT propôs, na audiência,
reajuste de 10%, sendo 5% na data-base de maio e 5% em janeiro de 2017,
extensivo às cláusulas sociais.
A desembargadora propôs também o pagamento dos dias de greve, a partir de 21
de julho, alegando que a paralisação não se deu apenas por causa da campanha
salarial, mas também contra os atrasos.
A empresa não aceitou, alegando situação econômica difícil, bloqueio
judicial de contas bancárias e um passivo de R$ 78 milhões no exercício de
2015. Propôs apenas garantia de emprego por um ano, sem reajuste salarial na
data-base.

fonte; Sintracomos

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