sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Trabalhador da Cursan retoma greve suspensa em 4 de agosto


Trabalhador da Cursan retoma greve suspensa em 4 de agosto
Em assembleia na manhã desta sexta-feira, trabalhadores mantiveram a greve retomada na quinta.
Os 140 empregados da companhia cubatense de urbanização e saneamento (Cursan) representados pelo sindicato dos trabalhadores na construção civil (Sintracomos) retomaram, nesta quinta-feira (11), a greve de 14 dias que haviam suspendido em 4 de agosto. Eles esperavam que a empresa de economia mista controlada pela prefeitura depositasse, na quarta-feira (10), os salários e benefícios em atraso, como ficou acertado em audiência de instrução e conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP).
No dia 2, juíza Ivani Contini Bramante sugeriu, em São Paulo, que os trabalhadores retornassem ao trabalho e aguardassem a promessa da empresa de quitar os atrasados no dia 10. Em assembleia na manhã do dia 3, eles acataram a proposta conciliatória.“Mais uma vez”, reclama o presidente do sindicato, Macaé Marcos Braz de Oliveira, “a empresa demonstra não respeitar os empregados, a Justiça do Trabalho e nem a si própria, fazendo esse papel ridículo perante a sociedade”.
Embora a Cursan não tenha prometido, na audiência, pagar os salários e benefícios, o sindicalista pondera que “ela deveria ter se esforçado para isso. O que não pode é o pessoal passar necessidade por causa de irresponsabilidades administrativas”.
Segundo o diretor do Sintracomos Ramilson Manoel Elói, a companhia depositou os salários “apenas de alguns”. Ele não sabe especificar quantos, mas garante que a “esmagadora maioria ficou sem receber, enfrentando enormes dificuldades”.
O sindicalista revela que estão atrasados quatro cartões bônus (gifts), dois vales-refeições, um vale-transporte e duas cestas-básicas, além de salários e gratificações de férias. Segundo ele, o jurídico do sindicato já comunicou de novo o fato ao TRT.
Data-base
Para a renovação do acordo coletivo de trabalho, o TRT propôs, na audiência, reajuste de 10%, sendo 5% na data-base de maio e 5% em janeiro de 2017, extensivo às cláusulas sociais.
A desembargadora propôs também o pagamento dos dias de greve, a partir de 21 de julho, alegando que a paralisação não se deu apenas por causa da campanha salarial, mas também contra os atrasos. A empresa não aceitou, alegando situação econômica difícil, bloqueio judicial de contas bancárias e um passivo de R$ 78 milhões no exercício de 2015. Propôs apenas garantia de emprego por um ano, sem reajuste salarial na data-base.
Próxima assembleia
Como segunda-feira (15) será feriado municipal da padroeira de Cubatão, a próxima assembleia dos trabalhadores está marcada para as 7 horas de terça-feira (16), na portaria do setor de obras (som) da empresa, na Rua Papa João Paulo II, 71, bairro Sítio Cafezal, ao lado do almoxarifado central da prefeitura.
fonte : assessoria sintracomos

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