terça-feira, 13 de maio de 2014

PRESIDENTE DA CÂMARA CEDE A PRESSÃO DAS GALERIAS. VEREADORES NÃO GOSTARAM. QUERIAM VOTAR.

- Com as galerias superiores lotadas de pessoas ligadas à Administração, definidas por um membro do Governo como sendo "população", pela segunda vez não acontece a leitura de pedido de instauração de processo (comissão processante que deve demorar 40 dias após aprovada) pedindo cassação da prefeita. Era visível a presença de alguns diretores de departamento, funcionários lotados na área de educação com crachá (as TVs presentes captaram onde algumas pessoas faziam aceno com seus crachás), e pessoas que normalmente não frequentam o Legislativo cubatense. Por três vezes, o presidente Wagner Moura tentou fazer a sessão prosseguir, mas as galerias com gritos de guerra "deixa a mulher trabalhar", faixas e cartazes impediam com gritos e apitaços. Os vereadores se mostraram com vontade de ir ao plenário e fazer valer seus votos. Nos bastidores, o comentário apurado seria pela votação a favor da instauração da comissão processante. O sentimento com os acontecimentos parecia motivar ainda mais os vereadores a declararem seus votos, fato que acabou não acontecendo com a suspensão da sessão.
Havia um grande receio por parte da Administração e para tanto enviou pessoal ligado ao gabinete para uma ultima conversa, informou um nobre edil. Logo após a segunda paralisação uma equipe com três PMs, sendo uma mulher, esteve no saguão que dá acesso ao plenário conversando com o presidente e o diretor secretário. Não havia condições da PM naquele momento enviar mais reforços visando o esvaziamento do plenário como havia dito Moura em plenário, apesar de ter cerca de quatro viaturas do lado de fora, conforme informação que chegava aos edis. O vereador Roxinho puxou o coro ao solicitar ao presidente o esvaziamento do plenário para seguir a sessão. Todos os lideres de partido, ato continuo, fizeram o mesmo. Foi quando o vereador do Pros, Fabio Moura, "mostrando rebeldia", pedia obstrução gritando que não dava para continuar a sessão. Normalmente calmo, Fabio mostrou para a galeria que era contrario ao que acontecia, fato que alguns colegas reprovaram. Rapidamente, o presidente da Casa encerrou a sessão não acatando a deliberação dos demais vereadores alegando "caso grave" e a segurança " da população". Os vereadores espernearam e Moura se retirou rapidamente amparado por sua assessoria.
No item do regimento da Câmara consta que o presidente pode suspender a sessão em "casos graves". Passados 15 minutos o presidente, cercado de alguns vereadores, deu uma coletiva revelando o porque de sua decisão: "Tenho que manter a integridade física tanto dos vereadores proteger o patrimônio publico e também as pessoas que estavam na sessão. A responsabilidade recai em cima do presidente. Eu decidi após tentar várias vezes. Chamei a policia e eles me falaram que não tinha condições naquele momento (de esvaziar). Independente de oposição ou situação a responsabilidade de tudo que acontecesse era minha. Encerrei a sessão três vezes".

Prometeu reforçar a segurança para a próxima sessão "pois os vereadores tem que votar". Wagner avaliou a atitude do seu irmão, Fabio Moura ao pedir obstrução: " os vereadores pediram esvaziamento do plenário. Aí tava tudo certo. Ia colocar em votação e ia esvaziar o plenário. O vereador Fábio (Moura) assim de repente pediu obstrução. O clima se exaltaram e vi que não tinha condições de fazer isso até pela situação do plenário", revelou. 
Informou que vai sentar com os 10 vereadores para decidir como proceder na próxima sessão. Um fato é certo: teremos reforço grande na segurança e acesso restrito ao plenário.







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fotos: Sergio Soares via geraldo

Um comentário:

  1. Continuo afirmando que o presidente da casa, não quis e não teve atitudes em fazer manter a ordem, pois em outras ocasiões, já presenciei sua voz e atitude de autoridade valer.O que mais me indignou, foi ele também não fazer valer o direitos de votos dos outros vereadores, no esvaziamento da seção para darem continuidade em seus trabalhos.A atitude dele, fez valer o direito de um pequeno grupo e do seu irmão Fabio moura. Ao sair de dentro da câmara, presenciei muitos com a mesma indignação que a minha.

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