quinta-feira, 26 de novembro de 2015

"Depoimento na CPI confirma que Usiminas tem obrigações para com os trabalhadores" afirma Marcia Rosa

"Depoimento na CPI confirma que Usiminas tem obrigações para com os trabalhadores" afirma Marcia Rosa

Prefeita participou da reunião da CPI do BNDES convocada para ouvir presidente da empresa. Marcia Rosa está em Brasília mobilizando lideranças para impedir demissões
 
Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura assuntos relacionados ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o presidente da Usiminas, Rômel Erwin de Souza, foi questionado sobre os investimentos realizados com o empréstimo de R$ 3,7 bilhões feito pelo banco estatal e sobre as obrigações contratuais previstas nesse contrato que determinam a recolocação dos trabalhadores demitidos pela companhia.  O empresário foi convocado a pedido do deputado Marcelo Squassoni (PRB-SP), que vem questionando as demissões de 4.000 trabalhadores até o final de janeiro, mesmo depois de a empresa ter recebido uma série de empréstimos.

Para a prefeita Marcia Rosa, que acompanhou a reunião da CPI realizada na manhã desta quinta (26) em Brasília, o contrato prevê e estabelece obrigações da Usiminas com os trabalhadores.  "A Usiminas obteve empréstimos de um banco público, dinheiro do povo brasileiro, e tem obrigações para com os trabalhadores e para evitar uma crise social na região", disse. "A CPI poderá esclarecer isso".

A chefe do Executivo cubatense também lembrou que pela primeira vez os dirigentes da empresa se manifestaram publicamente sobre as medidas que afetarão a economia da Baixada Santista. "O presidente falou que não irá transformar parte da indústria em área retroportuária, mas não nega a intenção de usar o porto localizado dentro da empresa para movimentação de outras cargas. Isso é preocupante."

Apesar de não ter ficado satisfeita com o posicionamento da empresa, que continua com o plano de paralisação da unidade de produção de aço em Cubatão, a prefeita continua confiante na reversão do quadro. "Estamos mobilizando lideranças e todos os entes públicos nessa luta. Ontem a presidenta Dilma Rousseff se reuniu com empresários do setor e iniciou o estudo de uma série de medidas para aumentar a competitividade da siderurgia brasileira. Com a união de todos, poderemos encontrar saídas".

Durante a noite, Marcia Rosa se reuniu com o ministro do Trabalho, Miguel Rossetto, que deverá ser indicado coordenador do grupo de trabalho que irá preparar esse estudo.

A criação do grupo foi definida durante reunião da presidenta Dilma com representantes do setor siderúrgico, como o Instituto Aço Brasil e a própria Usiminas, realizada na quarta-feira (25). O objetivo é preparar um diagnóstico que aponte as medidas necessárias para proteger a produção de aço nacional e a preservação dos empregos do setor, incluindo a possibilidade do aumento da alíquota para importação do produto. Esse diagnóstico de orientação ao Governo Federal deverá ficar pronto em algumas semanas.

0 comentários:

Postar um comentário