quinta-feira, 26 de novembro de 2015

USIMINAS CONFIRMA EM CPI QUE DIFICILMENTE VAI CONSEGUIR EVITAR DEMISSÕES.

CPI DO BNDES - O presidente da Usiminas, Rômel Erwin de Souza, afirmou que dificilmente a empresa vai conseguir evitar demissões na planta industrial de Cubatão (SP), com a desativação temporária da produção de aço. O executivo prestou depoimento na CPI do BNDES, na Câmara dos Deputados, em Brasília, na manhã dessa quinta-feira (26/11), convocado por parlamentares que representam o Estado de São Paulo, através de requerimento do deputado Marcelo Squassoni, unico da Baixada presente. Beto Mansur, estava em viagem para o Rio de Janeiro, enquanto Papa, estaria em reunião.
Romel afirmou que a decisão de paralisar atividades primárias em Cubatão deu-se em decorrência da queda no consumo interno de aço e da concorrência do aço chinês.
Também foi convocado e estava na audiência, o presidente do conselho de administração da empresa, Marcelo Gasparino da Silva. A convocação dos executivos teve como objetivo esclarecer a aplicação de mais de R$ 2 bilhões que a companhia pegou emprestado ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social entre os anos de 2001 e 2006, para ampliação nas unidades de Cubatão (SP) e Ipatinga (MG).
Com relação aos empréstimos da Usiminas junto ao BNDES, o presidente afirmou aos deputados que, entre os anos de 2006 e 2013, o banco emprestou R$ 3,7 bilhões à empresa.
O presidente explicou que R$ 870 milhões foram destinados à unidade de Cubatão. No entanto, segundo Souza, para que continue sustentável, a área primária da empresa na Baixada Santista, que envolve os setores de coqueria, alto-fornos e aciarias, tem que ser paralisada, o que está marcado para ocorrer a partir de 31 de janeiro. Romel Ervin explicou que a siderúrgica mantém os pagamentos dos financiamentos em dia e tem R$ 674 milhões a serem pagos. "A Usiminas fez investimentos com a perspectiva de crescimento econômico e de aumento da demanda de aço pela indústria automobilística e naval – para a exploração do petróleo do pré-sal –, mas nada disso se confirmou. A indústria automobilística previa 5 milhões de unidades e produziu apenas 2,5 milhões", detalhou.
Romel também se queixou da queda do preço do aço no mercado interno. Segundo ele, o motivo para queda é a concorrência com o mercado da China. Para o executivo, nem as medidas protecionistas, atualmente, resolveriam a questão e enfatizou que a crise atual da economia é muito pior do que a enfrentada em 2008. Também afirmou que o corte de 4 mil postos de trabalho em Cubatão deverá preservar outros 16 mil empregos gerados pela companhia.
“O maior problema é que o mercado interno caiu. Na proporção que estamos, é muito difícil [evitar as demissões]. Quando falamos de postos de trabalho, temos que associá-los a um volume de produção. O mercado interno diminui a cada dia e cada vez mais temos que exportar. O Governo Federal pode até amenizar essa situação, mas resolvê-la será muito difícil", afirmou Souza.

fonte: jornal do aço.


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